
No dia 7 de outubro, terça-feira, a Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (DF), se transforma em cenário para o lançamento do livro “Rodô – poesia passageira, poemas sem destino”, obra inédita que reúne a palavra de Nicolas Behr com ilustrações de Paulino Aversa.
O evento inclui bate-papo com os autores, sessão de autógrafos e distribuição gratuita de 5 mil exemplares ao público. Aproveitando a temática do livro, a proposta é levar literatura e arte diretamente ao cotidiano das pessoas, valorizando o espaço urbano e a cultura da cidade.
Com 80 páginas, “Rodô – poesia passageira, poemas sem destino” conta com 34 escritos (29 em poesia e 5 em prosa) de Nicolas Behr e 13 imagens ilustradas em diferentes técnicas por Paulino Aversa. “O que caracteriza a arte do Paulino Aversa é que ele insere o cotidiano de Brasília na sua obra. E neste livro temos um recorte muito realista do seu olhar sobre a Rodô”, declara o escritor sobre o trabalho do seu parceiro.
O livro celebra as histórias e a dinâmica peculiar que fazem da Rodoviária mais do que uma plataforma de embarque e desembarque, mas um espaço de encontro e desencontros, de histórias e de arte. Um verdadeiro referencial para os brasilienses, os moradores do Entorno ou qualquer outra pessoa que passe pelo local.
Situada no coração de Brasília, a Rodoviária do Plano Piloto comemora 65 anos em 2025. Projetada por Lúcio Costa, já foi cenário de filme, letra de rock, palco de manifestações e, agora, é a inspiração de “Rodô – poesia passageira, poemas sem destino”. “Com este livro, realizo um sonho antigo que é o de fazer um livro com o Nicolas Behr. Ele com suas palavras e eu com minhas imagens”, diz o artista plástico.
O projeto conta com recursos de acessibilidade, incluindo a presença de intérprete de Libras durante o bate-papo com os autores, a distribuição de exemplares do livro em Braille e a mobilização do público com deficiência. A iniciativa é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC – DF).
Os autores
Nicolas Behr

Morador de Brasília desde 1974, sendo seu primeiro livro publicado em 1977, sua trajetória inclui passagens por redações de agências publicitárias, por movimentos ambientalistas e até cultivo de plantas nativas do Cerrado, mas, principalmente, poesias. Seus mais de vinte livros produzidos e centenas de poesias escritas versam, em sua maioria, sobre sua obsessão: a capital federal.
Paulino Aversa

Formado em Artes Plásticas e Desenho, com mais de 35 anos de trajetória nas artes visuais, é um dos representantes da geração que emergiu nos anos 1990 no cenário artístico de Brasília. Atuando também como arte-educador, integrou o grupo de intervenção urbana Raul de Athayde e desenvolve constantemente ações culturais em parceria com a comunidade local.