A vida e a obra da pintora mexicana Frida Kahlo será o tema do espetáculo Frida, do carioca Reginaldo Oliveira, que estreia na América Latina, no dia 25 de outubro, no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, a coreografia está sendo montada com o Ballet da casa, sob a supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira. A direção geral é de Hélio Bejani. As récitas acontecem também nos dias 26/10, às 17h e 29,30 e 31, às 19h. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Theatro ou através do site theatromunicipal.rj.gov.br.
Reginaldo Oliveira, que foi solista do BTM durante seis anos, está de volta à terra natal. Ele vive na Áustria, onde dirige a companhia Salzburg Landestheater. A sugestão de trazer este espetáculo ao Rio de Janeiro, partiu do maître de balé do Municipal Jorge Texeira, que o acolheu em sua própria casa, ainda no início da carreira.

O coreógrafo escolheu para dar vida à Frida em solo carioca, as primeiras bailarinas do Municipal: Márcia Jaqueline e Claudia Mota. Em um trabalho de equipe, há semanas, Oliveira tem feito um laboratório intenso com os bailarinos.
“Na pesquisa sobre Frida, o que me interessa muito mais é sua personalidade do que suas enfermidades físicas. Ela foi uma lutadora, nunca deixou que suas limitações definissem sua vida. Vivemos hoje em um mundo em que devemos ser perfeitos: relacionamento, medidas corporais, saúde. Frida não teve medo de viver sua verdadeira personalidade. Isso incluía também sua vulnerabilidade. E foi essa vulnerabilidade que ela retratou em suas obras, sem se importar demasiadamente com convenções sociais. Quero contar a história dessa lutadora, inspirada em sua arte e em seus escritos. Frases isoladas dela evocam mundos emocionais, que nos levaram a movimentos e até mesmo a cenas inteiras” – diz o criador do balé, Reginaldo Oliveira.
“Viver Frida tem sido uma experiência muito especial. Contar a vida de alguém é sempre uma grande responsabilidade — e, no caso de Frida Kahlo, essa missão se torna ainda mais intensa. Frida é sinônimo de coragem, resiliência e liberdade. Ter novamente a chance de me encontrar com a linguagem coreográfica de Reginaldo, meu diretor nos anos em que vivi em Salzburg, é um reencontro com a essência do que me move. Em suas obras, me sinto inteira, livre e viva”- ressalta Márcia Jaqueline – primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
A popularidade da artista é um fenômeno mundial. E faz tempo que suas obras aparecem fora dos museus. Hoje, Frida pode ser encontrada até mesmo em bolsas, meias, objetos de design, e sua trajetória marcada por ousadia e originalidade é contada em exposições, livros e agora, ganha vida no palco de um dos mais prestigiados teatros do Brasil.
“Trazer um ballet contemporâneo ao palco do Municipal é uma oportunidade de garantir ao nosso público diversidade cultural. Frida é um título que engrandece ainda mais essa temporada, unimos a dança e a história de uma grande mulher. Com o patrocínio da Petrobras, estamos muito contentes com a apresentação de mais esse título. Você não pode ficar de fora dessa!” – afirma Clara Paulino, Presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
“Para além de seguirmos nossa proposta de trazermos artistas brasileiros que se destacam fora do país, levando nossa cultura para o mundo, destaco a importância de uma obra como Frida, que traz para nossos bailarinos a possibilidade de sairem de sua zona de conforto, o Ballet Clássico. Considero Frida uma obra perfeita para mostrar toda a competência e versatilidade de nosso Corpo de Baile” – ressalta o Diretor do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Hélio Bejani.

Coreógrafo e Diretor de Balé Salzburger Landestheater (Áustria)
Reginaldo Oliveira iniciou sua formação em dança no Rio de Janeiro, estudando com Jorge Texeira. Em 1998 conquistou o 1º lugar no Concurso de Balé Russo em São Paulo e recebeu uma bolsa de estudos para a Academia Estatal de Coreografia do Balé Bolshoi, em Moscou. Dois anos depois, ingressou na companhia do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a direção de Richard Cragun, sendo promovido a solista em 2003. Em 2006 transferiu-se para a Alemanha, integrando o Badisches Staatsballett Karlsruhe, dirigido por Birgit Keil.
Sua primeira grande encomenda coreográfica surgiu em 2014, com “O Caso M”, apresentado no contexto da noite de balé “Mythos”. Pela interpretação da personagem Medeia, a bailarina Bruna Andrade foi laureada com o Prêmio Alemão de Teatro Der Faust, na categoria “Melhor Intérprete de Dança”. No ano seguinte, Oliveira assinou a coreografia da abertura oficial do 300º aniversário da cidade de Karlsruhe. Em 2016 criou “Anne Frank”, seu primeiro balé narrativo de longa duração, aclamado por público e crítica, que lhe rendeu o título de “Coreógrafo do Ano” pela revista Tanz. Em 2017 assumiu o cargo de Coreógrafo Principal e Diretor de Balé do Salzburger Landestheater, na Áustria. Sua estreia na instituição aconteceu com “Otelo” (2018), seguida de uma série de produções de destaque, como “Romeu e Julieta”, “Anna Kariênina”, “Tanto…Tango!”, “Lili, the Danish Girl”, “Iolanta/O Quebra-Nozes” e uma nova versão de “A Bela Adormecida”, de Tchaikovsky. Em 2019, organizou ao lado de Rolando Villazón uma gala de balé na Mozartwoche, em homenagem ao compositor de Salzburg. Além de sua atuação em Salzburg, Oliveira foi convidado pela Scala de Milão e pelo Teatro Carlo Felice de Gênova para coreografar a ópera “Idomeneo”. Na temporada 2024/25, dedicou -se ao universo da pintora mexicana Frida Kahlo, com a criação do balé “Frida”.
Elenco:
FRIDA – Claudia Mota e Márcia Jaqueline
2ª FRIDA (autorretrato) – Sophia Palma e Tabata Salles
DIEGO RIVERA – Edifranc Alves e Pedro Rusenhack
ALEJANDRO ARIAS – Michael Willian e Rodolfo Saraiva
CRISTINA KAHLO – Gabriela Cidade, Manuela Roçado, Marcela Borges

Ficha Técnica
Frida
Concepção e direção: Reginaldo Oliveira
Coreografia: Reginaldo Oliveira
Supervisão Artística: Hélio Bejani e Jorge Texeira
Direção Geral: Hélio Bejani
Dramaturgia: Maren Zimmermann
Cenografia: Matthias Kronfuss
Figurinos: Judith Adam
Iluminação: Matthias Kronfuss e Reginaldo Oliveira
Temporada 2025 Direção Artística TMRJ: Eric Herrero
Presidente FTM: Clara Paulino
Músicas:
!. Revolution
Guilherme Tomaselli
2. La Llorona
Natalia Lafourcade
3. La Zandunga – Cabballos de Vapor
Alondra de la Parra, Carlos Chávez, Orquestra Filarmônica de las Américas, Carlos Chávez
4- Amanecí em Tus Brazos
Alondra de la Parra, José Alfredo Jimenez, Orquestra Filarmônica de las Américas
5- El Cascabel
Mariachi Relámpago
6 – La Llhorona
Alondra de la Parra, Orquestra Filarmônica de las Américas
7- Quê He Sacado Com Quererter (feat. Los Macorinos)
Natalia Lafourcade, Violeta Parra Sandoval
8. La Lhorona
Ángela Aguilar, Luiz Mars
Serviço:
Frida
Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Datas: 24/10 (Ensaio Geral), 25, 29, 30 e 31 – 19h/ 26 – 17h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, S/N – Centro
Duração: 2h com intervalo
Classificação: 12 anos
Ingressos:
Frisas e Camarotes – R$90,00 (ingresso individual)
Plateia e Balcão Nobre – R$80,00
Balcão Superior e Lateral – R$50,00
Galeria Central e Lateral– R$20,00
Ingressos disponíveis na Bilheteria do Theatro ou através do site theatromunicipal.rj.gov.br.
Acessibilidade
Palestras gratuitas antes dos espetáculos
Patrocinador Oficial Petrobras
Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio Paradiso Rio, Amadança, Bloch, Gaynor Minden, Vult, Ma Ballet, Fitting Ma Ballet
Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Lei de Incentivo à Cultura
Realização: Ministério da Cultura e Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro
Assessoria de imprensa TMRJ:
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Assessoria de imprensa externa TMRJ:
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