Idealizado por Betânia Victor, o festival nasceu da necessidade de criar um espaço local de exibição, já que não há salas de cinema em São Jorge, embora a vila seja conhecida por sua potência cultural. Desde a primeira edição, a proposta foi reunir moradores, visitantes e cineastas em torno de uma tela aberta no coração da vila. Para muitos dos moradores, o Cinefest é a única oportunidade de assistir filmes na telona.
Em 2025, o CineFest mantém esse espírito ao trazer uma programação que alterna curtas documentais, ficções, videoclipes e experimentais, além de uma sessão infantil dedicada às crianças da Chapada. “A mostra deste ano reforça a produção local e celebra quem escolheu filmar aqui. Cada título carrega um olhar próprio sobre o território, sua gente e seus modos de vida. É um momento importante para quem faz cinema e para quem vive na Chapada”, afirma Betânia Victor, idealizadora e produtora executiva do CineFest.
Betânia, que se divide entre suas casas em Brasília e em São Jorge, realizou ela mesma seu filme sobre a Chapada. O Fazedor de Mirantes, filme que ela dirigiu ao lado de Lucas Franzoni, e foi exibido primeiramente no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, poderá ser visto no domingo, dentro da mostra principal do Cinefest.

Curadoria
A curadoria desta edição é formada pelo premiado cineasta Eduardo Ramos Quirino, pelo diretor, roteirista e produtor João Paulo Procópio e pela produtora Rosane Amaral, todos moradores de Brasília, mas frequentadores da Chapada e apaixonados pelo cerrado. “Foi muito interessante tomar contato com a quantidade e a qualidade das obras inscritas no festival e que têm em seus argumentos não apenas a beleza natural da Chapada, mas sua cultura, seus aspectos místicos e seus costumes. Dá para sentir em cada frame o impacto que a paisagem e seus personagens causaram nos cineastas e em suas obras,” afirma Eduardo.
Homenagens
Sessão infantil

Sobre o Festival
Criado em 2017, o CineFest São Jorge surgiu para preencher a falta de salas de cinema na região da Chapada dos Veadeiros. A proposta, desde o início, foi oferecer um espaço de exibição para filmes independentes realizados no Centro-Oeste brasileiro e aproximar a comunidade do audiovisual feito no próprio território.
Desde a primeira edição, realizada na Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, o festival se consolidou como um ponto de encontro anual entre moradores, visitantes e realizadores. Ao longo dos anos, passou por diferentes formatos, sempre mantendo o foco na produção regional e na circulação de obras independentes.
Em 2025, na Edição de Quintal, o evento retoma seu formato original de mostra, reunindo curtas que refletem o olhar de quem vive, pesquisa ou filma na Chapada, reforçando a vocação do CineFest como plataforma de visibilidade para o cinema feito na região.











