A 11ª edição do DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero vai se realizar de forma 100% independente. O ato reforça a resistência de pessoas, que acreditam no poder do cinema para uma sociedade mais justa, plural e consciente. Os filmes selecionados representam uma oportunidade de sensibilização, discussão e empoderamento. Afinal, as narrativas dialogam com o cinema queer, os direitos humanos e a representação de minorias.
O DIGO vai acontecer do dia 24 ao dia 27 de julho, no Centro Audiovisual da FUNAI, em Goiânia. “Este ano, reforçamos nosso compromisso com uma curadoria profundamente alinhada à representatividade e à pluralidade de narrativas, trazendo produções que tocam em temas urgentes como transgeneridade, maternidade queer, acessibilidade, memória e resistência”, explica o diretor do festival, Cristiano Sousa.
O diferencial desta edição está na ampliação do olhar para além da linguagem cinematográfica tradicional, por meio da Mostra Digo Libras Visual. Segundo a organização do evento, essa mostra reafirma o cinema como ferramenta de inclusão. Além disso, o público poderá perceber uma presença ainda mais expressiva de filmes internacionais com produções da França, Argentina, Suíça, Espanha, México e Israel.
De acordo com Cristiano Sousa, a produção goiana desta edição é um reflexo vibrante da potência criativa e da diversidade existente no estado. A Mostra Competitiva Goiás traz obras que, além da qualidade técnica e artística, revelam um compromisso com a representatividade local e com questões que atravessam identidades, territórios e vivências LGBTI+.
Ainda sobre a Mostra Goiás, o público irá perceber um enfoque nas vozes regionais, que tratam questões identitárias, culturais e sociais. São narrativas audiovisuais reforçando o vínculo com a comunidade goiana e as múltiplas identidades. Essa abordagem reforça o papel do cinema como ferramenta de empoderamento e afirmação de identidades muitas vezes marginalizadas.
Filmes selecionados
Mostra Competitiva Goiás
- Femme Fatale – Original Sodré, Carpa, Maju Back – Goiânia – 2′ 42” – 202
- Lockdown – Jadson Borges – Goiás – 19′ 17” – 2025
- O Lado Que A Cidade Não Vê – Thomas Toledo – Goiânia – 16′ 59” – 2025
- O Vale Vai Descer – Elisa Marques – Goiânia — 12′ — 2024
- Passado Infernal – Richard Pessato – Anápolis – 17′ 41” – 2024/2025
- Que Bela Herança – Henrique Brito – Goiânia – 15′ 25” – 2025
- Relicário – Hítallo Torquato e Amanda Rosa – Goiânia – 11′ – 2024
- Sufoco – Victor Vinícius – Aparecida de Goiânia – 15′ 45” – 2025
- Tempo Tormento – Agla Manzan – Aparecida de Goiânia – 12′ – 2024
- Tom de Ameaça – Dalily Corrêa – Goiás – 18′ – 2025
Mostra Competitiva Nacional
- A dita filha de Claudia Wonder, Wallie Ruy, São Paulo, SP, 24’45”, 2024
- A Volta, Anny Stone / Caia Maria Coelho, Recife, PE, 16’30”, 2024
- Carne Fresca, Giovani Barros, Rio de Janeiro, RJ, 24′, 2024
- Corpo aberto, João Victor Borges e Will Domingos, Rio de Janeiro, 20′ 08”, 2024
- Escolhidos, Pablo Diego Garcia, São Paulo, SP, 8′, 2025
- Mãe, Jöão Monteiro, São Paulo, SP, 20′, 2025
- Meu Pedaço de Mandioca, Raíssa Castor, Curitiba, Paraná, 14’08”, 2025
- Noroeste – quem nasce tempestade, não tem medo de vento forte, Cibele Appes, São Paulo, SP, 25′, 2024
- Retomada, Henrique Souza, Rio de Janeiro, RJ, 23’58”, 2024
- Ponto e Vírgula, Thiago Kistenmacker, São Paulo, SP, 17′, 2024
Mostra Competitiva Karla Ariella
- A invenção do orum, Paulo Sena, Vitória, ES, 18′, 2024
- A Bolha, Caio Baú, São Paulo, SP, 18’33, 2024
- Animais Noturnos, Indigo Braga e Paulo Abrão, Rio de Janeiro, RJ, 11 minutos, 2024
- Bergamota, Hsu Chien, Santos, SP, 15:08, 2024
- Cachinhos Laranjas, Rodger Timm, Porto Alegre, RS, 13′, 2024
- Extraño Passageiro, Rafael Vebber, Caxias do Sul, RS, 11′, 2024
- Espelho da Memória, Filipe Travanca e Roberto Simão, São Paulo, SP, 15:40, 2024
- Gazela, Evandro Manchini, Rio de Janeiro, RJ, 18′, 2024
- Monstra do Armário, Bruny Derotzi, Carapicuíba, SP, 10′, 2024
- Todo romance termina assim, Marco Aurélio Gal, São Paulo, SP, 15′, 2025
Mostra Competitiva de Longas
- 300letters, Lucas Santa Ana, Argentina, 90’, 2025
- Circo, Lamia Chraibi, Canadá, 88’, 2024
- Filhas da Noite, Henrique Arruda e Sylara Silvério, Brasil, 109’, 2024
- Queens in Finistère, Vanessa Le Reste, França, 63’, 2024
- Lo que escribimos juntos Nicolás Teté, Argentina, 92’, 2024
- Nem deus é tão justo quanto seus jeans, Sergio Silva, Brasil, 74’, 2025
Mostra Competitiva Digo Libras Visual
- Entre Sinais e Mares, João Gabriel Kowalski e João Gabriel Ferreira, Maringá, PR, 16’, 2024
- O amor não cabe na sala, Wallace Nogueira Marcelo Matos de Oliveira, Salvador – BA, 18’, 2025
- Nem toda história de amor acaba em morte, Bruno Costa, Curitiba, PR, 84’, 2025
Mostra Competitiva Internacional
- Calcetines, Miguel Ángel Olivares, Ana Beyron e Alejandra Beyron, Espanha, 19’, 2025
- Heavy Metal Flower, Alberto Baños, México, 17’, 2024
- Maitemina, Erik Rodríguez Fernández, Espanha, 9’, 2024
- Sin Piel, Estibaliz Villa e Erik Campos, Espanha, 18’, 2024
- Su Twice, Agnese Làposi, Suíça, 19’, 2024
- Tshuva, Afek Testa Launer, Israel, 23’, 2024