A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Casa França-Brasil e Comadre, apresentam:
Apocalipse
Com abertura na Sexta, 08 de novembro, às 15h, a exposição “Apocalipse” estará disponível aqui na Casa França-Brasil, com entrada gratuita.
O Instituto Comadre apresenta a exposição coletiva Apocalipse, uma leitura simbólica e contemporânea do livro bíblico que explora questões universais e atemporais sobre moralidade, poder e transcendência. Com curadoria assinada por Gabriela Davies e Maíra Marques e produção de Marcella Klimuk, a mostra constroi uma imersão em quatro eixos: Poder x Massa e Sagrado x Profano.
Apocalipse não é uma interpretação literal do texto bíblico, mas um convite a refletir sobre as tensões que se formam em nossa sociedade atual. Em especial, a exposição sublinha o peso das instituições de poder e como essas estruturas afetam e transformam a experiência coletiva, moldando comportamentos e impondo valores. Neste contexto, o poder é visto como uma força central que organiza, mas também oprime e desafia a massa, fazendo surgir questões sobre autoridade e resistência.
Três obras foram criadas especialmente para a mostra pelos artistas Edu de Barros, Maxwell Alexandre e Froiid, integrando-se diretamente à arquitetura da Casa França Brasil e ocupando também as claraboias do espaço.
As peças de Edu de Barros, concebidas como profecias que entrelaçam mitos e simbolismos, dialogam com a tradição dos afrescos e murais, inspirando-se na arquitetura de templos e na ábside, área que frequentemente se localiza acima dos altares. Ao tensionar os limites entre arte e religiosidade, Edu traz uma abordagem que aproxima o espaço da contemplação estética do universo da fé, evocando um apocalipse mundano em suas criações, onde o sagrado e o profano se encontram.
As obras de Maxwell Alexandre, parte de sua série “Clube,” exploram o poder e as fronteiras de pertencimento em espaços exclusivos, como clubes sociais, evidenciando o poder de exclusão e as dinâmicas de pertencimento e segregação.
Completando o conjunto, “O bode na sala”, obra de Froiid, apresenta uma mesa de truco coberta por moedas de chocolate, simbolizando o poder do dinheiro e suas dualidades – o jogo, o roubo e o espaço ambíguo que o dinheiro ocupa como elemento sagrado e profano. A obra reflete sobre as tensões morais e materiais em torno do dinheiro, evidenciando como ele pode transitar entre valores espirituais e terrenos.
Como parte da rota cultural do G20, a exposição amplia seu alcance ao integrar-se a um circuito internacional de atividades e reflexões, oferecendo uma visão crítica sobre temas que são igualmente relevantes em uma esfera global. Através de obras que variam entre o ritualístico e o político, Apocalipse propõe que o fim não seja apenas uma ruptura, mas um ponto de questionamento e renascimento. O diálogo entre as obras e o ambiente da Casa França Brasil abre possibilidades de reflexão sobre os sistemas morais e espirituais que nos cercam, e o papel das instituições no exercício e manutenção do poder.
Artistas participantes: Augusto Portella, Caio Pacela, Carlos Vergara, Edu de Barros, Eduardo Berliner, Felippe Moraes, Fernando de La Rocque, Francisco de Goya, Froiid, Gian Gigi Spina, Guerreiro do Divino Amor, Guga Ferraz, Hélio Oiticica, Ian Cheibub, Jean-Marie Fahy, Letícia Parente, Márcia X, Maria Antonia, Maxwell Alexandre, Melissa de Oliveira, Nádia Taquary, Randolpho Lamonier, Raphael Escobar, Sofia Borges, Tainan Cabral e Thix.
Serviço: “Apocalipse“
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro
Abertura: 08 de novembro, às 15h
Período Expositivo: 08 de novembro a 02 de dezembro de 2024
Curadoria: Comadre (Maíra Marques e Gabriela Davies)
Funcionamento: terça-feira a domingo, das 10h às 17h
Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: Quartas-feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes
Classificação indicativa livre
Entrada gratuita