O Prêmio Jabuti, que é patrimônio cultural do Brasil, anunciou os vencedores da sua edição número 66, na noite dessa terça-feira (19), em São Paulo.
“Sempre Paris: crônica de uma cidade, seus escritores e artistas”, de Rosa Freire D’Aguiar, foi eleito o livro do ano. Publicado pela Companhia das Letras é uma coletânea de histórias de sua vida na capital francesa. Em seu discurso, ela demonstrou surpresa com o prêmio.
O livro “Salvar o Fogo“, de Itamar Vieira Junior, foi eleito o Romance Literário de 2024 . Mesmo prêmio que o autor baiano ganhou, há quatro anos, com “Torto Arado”.
“O Crime do Bom Nazista”, do gaúcho Samir Machado de Machado, foi eleito o melhor romance de entretenimento. Os dois livros são da Editora Todavia.
A autora pernambucana Bethânia Pires Amaro ganhou entre os contistas, com “O Ninho”, da editora Record. E o premiado com melhor livro de poesia foi “Cabeça de Galinha no Chão de Cimento”, de Ricardo Domoneck, pela Editora 34.
A homenageada dessa edição do Jabuti, como Personalidade Literária de 2024, foi escritora e jornalista de 87 anos e com mais de 50 anos de carreira, Marina Colasanti. Ela já ganhou nove prêmios jabutis.
Na abertura da cerimônia, a presidente da Câmara Brasileira do Livro, Sevani Matos citou a pesquisa Retratos da Leitura divulgada, nessa terça-feira (19), e que mostra que o país perdeu quase 7 milhões de leitores em quatro anos.
No entanto, Sevani Matos citou o decreto da Política Nacional de Leitura como uma conquista importante para mudar essa realidade. Segundo ela, em um país de leitores, o mercado editorial é forte.