A entrega de obras de arte restauradas e “Abraço à Democracia” marcam a cerimônia em memória dos dois anos dos ataques antidemocráticos de oito de janeiro, nesta quarta-feira, em Brasília.
Vinte e uma obras de arte, entre pinturas, esculturas e artefatos históricos, voltam ao acervo da Presidência da República. Entre elas, duas peças que viraram símbolo da invasão ao Palácio do Planalto. O relógio de mesa suíço do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI, que foi destruído por um manifestante golpista. E o quadro do artista Di Cavalcanti, “As Mulatas”, que sofreu sete punhaladas durante os ataques.
O evento, nesta manhã, conta com a presença do presidente Lula, ministros, representantes de Poderes, autoridades e movimentos sociais. Por volta de meio dia, acontece o Abraço da Democracia, na Praça dos Três Poderes. Lula vai descer a rampa do Palácio do Planalto para encontro com o público no ato simbólico.
Foi preparado todo um esquema de segurança para coibir ações de vandalismo e violência. O Centro de Operações Integradas de Brasília faz acompanhamento em tempo real por câmeras. Uma célula presencial de inteligência foi instalada para monitorar redes sociais e atividades suspeitas. O trânsito na Esplanada dos Ministérios está interditado. Grades foram instaladas entre o Congresso Nacional e a Praça dos Três Poderes. Também está sendo feita triagem no acesso. São proibidos objetos cortantes ou perfurantes, como garrafas de vidro, armas e hastes de bandeiras.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal já responsabilizou quase 900 pessoas pelos atos golpistas. Dos mais de dois mil investigados, 371 foram condenados, com penas entre três e 17 anos de prisão. Cerca de 120 pessoas são consideradas foragidas.
