Por Luciene Rodrigues
Quem nunca imaginou, em um dia qualquer, ter sua rotina interrompida por uma invasão alienígena? Você não? Então é hora de assistir esses filmes e começar a estocar alimentos em um bunker. E vamos à ação!
Esse filme tem todos os elementos cativantes que levam o expectador a ficar grudado no sofá. Estrelado por Tom Cruise e a pequena Dakota Faning, dando seu show de gritaria particular, ele mostra a vida de um homem comum que tem uma relação conturbada com os filhos e a ex esposa. Aparentemente fracassado e infeliz ao ver a ex em um novo casamento e os filhos em uma relação de afeto maior com o padrasto, ele tenta, num fim de semana, ser um pai presente e reconquistar a prole. Tudo parecia ir de mal a pior, quando a lei de Murphy brota do chão (ou desce do céu) em forma de gigantescas naves alienígenas violentas e destrutivas. Daqui pra frente é ação e emoção, o pai outrora ausente enfrenta um caos apocalíptico para manter os filhos vivos, enquanto reconquista sua confiança, com direito a arrancar algumas lágrimas dos expectadores mais sensíveis.
Mais uma história de família que tenta sobreviver à uma invasão, mas não se enganem, não é um clichê barato. Essa história já começa no meio do caos, uma família sobrevivente, quando quase todas as outras já sucumbiram aos monstros que invadiram a Terra, tenta sair de seu esconderijo à procura de um lugar para viver, visto que seus recursos se esgotavam. O problema é que os aliens são criaturas que atacam ao menor som emitido, por isso a família precisa manter o total silêncio para sobreviver. Já seria difícil para adultos, mas o casal tem três crianças, sendo a menor muito nova para entender as regras. Logo de cara, preparem o coração e os lenços. O filme arranca lágrimas em pelo menos três situações distintas, sendo a primeira logo nos minutos iniciais. O elenco conta com a incomparável Emily Blunt, que contracena e é dirigida por seu marido na vida real, outro grande ator e diretor, John Krasinski e com a pequena Millicent Simmonds, cuja deficiência auditiva real é um elemento sensível muito bem trabalhado para o combate ao capacitismo. O filme tem parte 2, que não é tão bom quanto o primeiro, mas também não decepciona.
A melhor parte desse filme não é o elenco, mas ele também é uma grata surpresa. Se Guerra dos mundos vem com um show de Tom Cruise e Um lugar silencioso vem com um de Emily Blunt, No limite do amanhã traz os dois, em sua melhor forma, numa luta implacável contra aliens que, pra não variar, tentam destruir a humanidade
Imagine um assessor de imprensa vivendo sua vida num dia comum, quando de repente é levado à força para lutar numa guerra que ele nem sabia existir, contra alienígenas invasores, e ao cair de paraquedas (literalmente) numa batalha, ele se vê morrer e acordar novamente no batalhão, arrastado para a mesma batalha, e novamente, e novamente. Parece ruim, não é? Mas piora. Além de voltar no tempo sucessivas vezes e nunca conseguir sobreviver, ele parece ser o único a saber desse lapso temporal, além de não ter ideia de como sair dele. Seus companheiros repetem erro por erro, infinitamente, enquanto ele sozinho tenta corrigir as falhas que os levaram às derrotas anteriores. Até que… Daqui pra frente é melhor assistir, o objetivo é não estragar as surpresas que fazem desse filme uma obra de arte do gênero, e que, apesar da premissa de repetição, não é nem um pouco cansativo, prende o expectador ao sofá ansioso pelos próximos passos.
Alguém consegue se cansar de Tom Cruise? O consagrado ator pode ter uma personalidade que divide opiniões, mas atuando, ele é unanimidade. E parece óbvio que ele não dispensa um roteiro que lhe permita salvar a Terra de invasores alienígenas. Em Oblivion não é diferente e ele vem acompanhado de Morgan Freeman, para tornar o filme imperdível, a começar pelo elenco.
A trama já começa com a Terra destruída, a humanidade vivendo em uma colônia lunar e o personagem de Tom Cruise, Jack Harper, responsável por manter equipamentos de segurança e pegar os últimos recursos necessários à existência humana na colônia. Em sua missão ele enfrenta os riscos de se deparar com os aliens que saquearam e destruíram a parte habitável do planeta.
Eis que um dia, um grupo de humanos que partiu numa antiga missão espacial cai no solo e ele vai a seu resgate e se surpreende ao perceber que as inteligências artificiais que o auxiliam (drones) tentam eliminar esses sobreviventes. A partir disso, ele e a única resgatada com vida se veem no meio de uma luta em que não sabem quem exatamente quem é o inimigo.
Esse é um clássico do consagrado roteirista, diretor e ator, M. Night Shyamalan, conhecido pelos grandes sucessos de suspense e terror, O sexto sentido, A vila, Fragmentado, entre outros. Nessa ficção científica, ele também não decepciona.
Sutil e ao mesmo tempo assustador, Sinais traz a premissa da família simples, do interior, desgastada por alguma perda, e que vê sua rotina bruscamente interrompida por uma invasão alienígena. Nesse caso, Mel Gibson interpreta um pai de família e pastor, que devastado pela perda da esposa, também perde sua fé em Deus. Seu irmão, (Joaquim Phoenix, de o “Coringa”) um ex atleta que carrega as dores de uma aposentadoria precoce por lesão física, também protagoniza brilhantemente essa história. Na tentativa de sobreviver aos hostis invasores, achar seu ponto fraco e lutar, eles também enfrentam traumas pessoais e a possibilidade de refletir sobre perseverança, resiliência e fé.
Apesar de alguma premissa religiosa, o filme não é clichê e agrada todos os públicos que gostam de uma boa ficção científica.
Esse é daqueles filmes subestimados que viram grandes clássicos por serem verdadeiras obras de arte.
Distrito 9 é ambientado na Africa do Sul, num futuro caótico. Os aliens, nesse caso, não são invasores hostis, são refugiados de seu planeta supostamente destruído e acabam por viver à margem da sociedade na Terra, fazendo da trama uma simetria com a realidade das populações humanas em nossa época atual.
O protagonista (o brilhante Sharlton Copley), um repórter que não se compadece da situação dos pobres visitantes e se aproveita para ganhar fama (bem ao estilo sensacionalista) mostrando as ações de uma polícia violenta sobre a comunidade de refugiados, acaba por se contaminar e ser largado no meio de uma revolta popular, entre humanos, alienígenas e a repressão governamental.
Apesar de toda a crítica social que o torna único, Distrito 9 traz ação, emoção e sensibilidade ao tratar de temas sensíveis, sem deixar o enredo pesado ou enfadonho. Para os fãs de Scifi, ele é definitivamente imperdível.
E eles chegaram. Chegaram de repente, em vistosas naves, estabeleceram contato. Mas para que vieram? Esta é a pergunta que permeia “A chegada”, estrelado por Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker, tem que responder. Para isso, convocam a doutora Louise Banks, a melhor linguista conhecida, para tentar decifrar o que os aliens dizem, trazendo a importante reflexão de como seria a evolução em outros planetas e de como a comunicação, de tão diferente, poderia ser incompreensível de qualquer ângulo, para espécies de mundos diferentes.
Mas nada de achar que o filme é monótono por se tratar de tentativa de comunicação. Ao contrário, ao mostrar a vida dos protagonistas, seus dramas pessoais (a doutora havia perdido a filha adolescente para o câncer) e a visão dos aliens, o enredo abre a possibilidade de refletir que não somente a linguagem, mas também a percepção de tempo, espaço e da vida orgânica no universo, não é linear e definitivamente não é regida pelas limitações do conhecimento humano. Sensível, delicado e ao mesmo tempo arrebatador, A chegada está entre os melhores filmes do gênero.
E se nós fossemos os invasores? Pois é, James Cameron resolveu jogar na cara da humanidade que não somos tão bonzinhos assim, e que se chegássemos a outros planetas, talvez fôssemos nós os aliens invasores e hostis. E ele faz isso de forma icônica.
Avatar se passa no planeta Pandora, onde os seres humanos chegaram e fizeram o que fazem de melhor (vide história, ensino fundamental), invadiram, instalaram colônias e começaram a explorar as riquezas locais.
Acontece que o planeta já era habitado por uma raça inteligente (aqui vai uma alusão aos povos invadidos da África e América), de cultura e crenças fortes, mas pacífica.
Estrelado por Zoe Saldanha, Sam Worthington e Sigourney Weaver, o filme mostra o ponto de vista de um ex soldado, aposentado por uma lesão na coluna, que é convocado após a morte de seu irmão gêmeo, sob a missão de usar um corpo biológico feito a partir do dna humano e alienígena (avatar) controlado pelo seu par humano. Uma vez introduzido ao povo local, o soldado (Jake Sully/Sam Worthington) se apaixona pela nativa “Na’vi” (Neytiri/Zoe Saldanha) e percebe a hostilidade e crueldade da invasão e exploração humana ao planeta.
Envolvido demais com a nativa, e por questões éticas, ele se vê obrigado a embarcar numa guerra contra seu próprio povo, para defender Pandora.
O filme é um show de visual deslumbrante e trama emocionante.
A parte 2, recém saída do cinema, é tão boa quanto e promete continuação.
E esses aliens, que chegaram na Terra há milhares de anos, jogaram seu dna, fizeram uns desenhos numas cavernas e deram no pé? Pois essa é a premissa de Prometheus, um filme que divide opiniões, entre ser ótimo e péssimo.
Mas por que ele divide opiniões?
A resposta é simples: É um filme do aclamadíssimo Ridley Scott, com um elenco de peso (Charlize Theron, Idris Elba, Michael Fassbender, entre outros) que tem como premissa ser uma ficção científica “séria”, porém… e aí podemos colocar um belíssimo PORÉM, traz elementos no roteiro que facilmente o fariam descambar para comédia pastelão, o que só não acontece porque a direção consegue manter um clima de seriedade e drama, que aos olhos menos atentos, não deixa transparecer as bizarrices da trama.
Comecemos por listar alguns clichês de filmes desse gênero, o grupo de amadores que caem de paraquedas numa viagem de exploração espacial, alguns cientistas que embarcam na aventura sem saber bem no que estão se metendo… até aí, segue tranquilo. Mas tudo desanda quando chegam a outro planeta, encontram uma caverna gigantesca com inúmeros traços de antigas civilizações e o geógrafo do grupo reage como? Ficando entediado e indignado porque, nas palavras dele, ele “não foi lá pra isso”. Tá ruim? Piora. Outros cientistas do grupo resolvem, sem mais nem menos, retirar seus capacetes, respirar o ar local (se preocupar com germes, bactérias ou vírus pra quê, né?) e, ali, entediados, ao verem uma cobrinha alienígena que aparece, saindo de uma poça com um líquido estranho, resolvem fazer carinho, ‘cuti-cuti’ no bichinho, só porque… porque sim. Melhor não dizer o resultado disso para evitar mais spoilers, mas dá pra imaginar. Fechando as bizarrices, tem o androide, super incrível, inteligência artificial avançada, superior a qualquer humano, mas que se comporta com a maturidade e responsabilidade de uma criança birrenta de 6 anos.
E o filme é isso, mas entra na lista dos melhores porque, apesar das bizarrices, consegue manter aquele clima de suspense e nó na garganta que agrada a maioria dos expectadores. E tem continuação, claro.
Então se você gosta de Sci-Fi e não se importa em ter sua inteligência questionada por um roteiro que deu uma bica na lógica, mas que abraçou os adoráveis clichês que fazem da franquia Alien/Predador um grande sucesso desde os anos 70, esse filme é imperdível.
E já que entramos no clima, vamos de comédia, e esse não tem a menor intenção de não parecer uma. Apesar disso, também agrega drama, suspense e ação de encher os olhos. Além de Will Smith em sua melhor forma, claro.
Independence day mostra os alienígenas invadindo pra acabar com tudo, nem se apresentam, não dão chance pra defesa. Mas com o nosso maluco do pedaço não existe essa de não ter chance. Pra salvar sua esposa, seu filho e o presidente dos Estados Unidos (aff), Will Smith, Jeff Goldblum resolvem enfrentar os aliens cara a cara, com direito a muitas explosões, naves espaciais e aviões de guerra.
Não há muito o que dizer sobre o filme, é divertido, emocionante… E pra um cine pipoca, esses elementos são suficientes.
