Por Joana Côrtes
A exposição Histórias LGBTQIA+ chega no Masp com um acervo de obras de mais de cem artistas nacionais e internacionais para repensar as narrativas da arte voltadas a questões de lésbicas, gays, bissexuais, transgênero, queer, intersexo, assexuais e de outras minorias.
A mostra celebra a riqueza e a multiplicidade da criatividade queer nas artes visuais.
São mais de 150 obras, entre fotografias, vídeos, instalações, telas e documentos históricos de acervos públicos e privados, principalmente do Sul Global, incluindo artistas de países da Ásia, África e América Latina.
O curador assistente da mostra, Leandro Muniz, explica que a diversidade de representações, grupos e experiências da exposição ajudam a repensar as imagens de subalternidade, desumanização e hipersexualização que historicamente foram colocadas sobre as pessoas LGBTQIA+.
A exposição está organizada em oito núcleos que falam de amor e desejo, ícones e musas, espaços e territórios, sexualidades e fantasias, sagrado e profano, abstrações, arquivos e biblioteca queer. Nos três andares do museu, diversas linguagens repensam a evolução da arte com críticas à religião e à hipersexualização dos corpos, especialmente após a crise do HIV/aids nos anos 1980.
Na mostra, os visitantes podem conhecer mais da produção brasileira de Heitor dos Prazeres, Ventura Profana, Yacunã Tuxá e do Arquivo Lésbico Brasileiro.
Aos 26 anos, a carioca Paola Cortes nunca tinha visto uma mostra com a participação de tantos artistas que pensam e criam sob narrativas LGBTs.
A exposição fica em cartaz no Masp até 13 de abril de 2025. Às terças-feiras, a entrada no Museu é gratuita.