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Exposição Mal-Entendidos – Casa França Brasil


No dia 22 de novembro de 2024, das 17h às 20h, acontece a abertura da exposição MAL-ENTENDIDOS, com trabalhos em videoarte do grupo de pesquisa e extensão Imagens em Descompasso, do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes) e do Instituto de Artes (IART) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), coordenado pela artista e professora Analu Cunha. A exposição ficará disponível para visitação nos dias 22, 23 e 24 de novembro.

Abertura com mesa redonda: 22 de novembro, das 17h às 20h
Exibição em looping: 23 e 24 de novembro, das 10h às 17h

A exposição oferece uma reflexão teórica e artística sobre os ritmos aos quais estamos expostos, especialmente por meio das imagens digitais. O audiovisual, elemento central da nossa rotina, tornou-se ainda mais presente durante a pandemia, mediando as relações pessoais e profissionais através de videochamadas, lives e reuniões remotas. Hoje, as relações interpessoais acontecem, em grande parte, através de telas, que impõem um ritmo acelerado e constante.

Considerando que todo poder impõe um ritmo, o projeto Imagens em Descompasso busca mapear as diversas cadências que moldam nosso cotidiano e investigar imagens que possam oferecer uma alternativa ao ritmo acelerado e homogêneo da velocidade neoliberal. A proposta é explorar o incômodo, o enigma e o maravilhamento por meio de obras que desafiam os padrões de tempo e percepção estabelecidos pela sociedade contemporânea.

Sobre Analu Cunha

Analu Cunha é artista, professora associada do Instituto de Artes (IART/UERJ) e do Programa de Pós-graduação em Artes (PPGArtes/UERJ) na Linha de pesquisa Arte, Experiência e Linguagem. Formada em Comunicação Visual (EBA/UFRJ), é mestre e doutora em Linguagens Visuais pelo PPGAV/UFRJ, com pós-doutorado PNPD/CAPES na mesma instituição. Durante o doutorado, cumpriu estágio PDEE na École Doctorale Arts plastiques, esthétiques e sciences de l’art na Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne. Entre 2011 e 2020 foi professora de videoarte e videoinstalação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atuou nos cursos de pós-graduação lato sensu em Ensino da Arte da EAV/Parque Lage/Instituto de Artes/UERJ, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais PPGAV/EBA/UFRJ e no Programa de Pós-Graduação em Música PPGM/UFRJ. Foi Coordenadora de exposições das galerias COEXPA/DECULT/UERJ entre 2018 e 2019. É uma das editoras da Revista Concinnitas (IART/PPGARtes/UERJ), em 2014, lançou o livro Analu Cunha, com entrevista de Glória Ferreira e textos de Tania Rivera e Wilton Montenegro sobre sua produção artística. Desde 2021 desenvolve o projeto A imagem em descompasso com auxílio da bolsa Prociência (Faperj/Uerj) e, a partir de 2023, do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (Faperj). Expõe regularmente no Brasil e no exterior e trabalha como artista visual, curadora e pesquisadora, com ênfase na área da videoarte e dos elementos constitutivos do audiovisual: som, imagem e ritmo em suas implicações sociais e antropológicas.

Sessões em exibição

Ana Alvarenga
Leia a placa acima da porta [para Poito], 2024
Vídeo digital, 1’03”
Sinopse: Leia a placa antes de assistir o vídeo.
Minibio: Doutora e Mestra em Artes pelo PPGArtes/UERJ. Atualmente, faz estágio de Pós-doutorado no mesmo programa. Artista com pesquisa em videoarte iniciada em 2016, passou a integrar o grupo A Perplexa – acompanhamento de projetos em videoarte e cinema experimental na EAV/Parque Lage, Rio de Janeiro, no período de 2018 a 2020.

Clara Mayall
Pigmaleão e Galateia, [para Cyber], 2024
Vídeo digital, 2’09”
Sinopse: A emocionante história de Pigmaleão, escultor, e Galateia, sua escultura.
Minibio: Clara Mayall é artista visual, formada em artes visuais bacharelado pela UERJ,
cursando o mestrado na mesma instituição. Profundamente interessada no entrelaçamento entre palavra e imagem, explora linguagem, identidade e o espaço entre confissão e inconfessável, diante do sonho de ser honesta e ser capaz de usar a própria voz. Seu trabalho inclui desenho, pintura, videoarte, quadrinhos, livros de artista, zines, entre outros.

Cyber Irene
Retrocesso [para Francisco], 2024, 2’06”, 1920×1080
Sinopse: Foi aos poucos que as peças se encaixaram. Foi em 1997 que nasci. Minibio: Cyber Irene é um ser digital e multiartista. Graduada como Bacharel em Artes Visuais pela UERJ, sua principal linguagem artística é o vídeo, por onde retrata e monta suas experiências web-antropológicas para observação e questionamento. Explora a internet e meios de comunicação a fim de entender os porquês e participar do cabeamento. Também aborda assuntos como suicidio e abuso sexual. Nasceu e vive no Rio de Janeiro e na internet com suas outras personas Cruel Citra e Yaku-chan.

Francisco Bragança
Verbocentrismo [para Yaminaah], 2024
Vídeo digital, 1’47”
Sinopse: O verbo no centro e entendimentos díspares à esquerda e à direita.
Minibio: Francisco Bragança atua como técnico de som direto, operador de áudio de TV, professor de cinema e audiovisual. Atualmente faz seu doutoramento no PPGArtes da UERJ com uma pesquisa sobre sonoridades no cinema brasileiro contemporâneo.

Letícia Dutra
Ritmos maquínicos [para Vitória], 2024
Vídeo digital, 1’38”
Sinopse: Um minuto não vai fazer diferença.
Minibio: Letícia Dutra é uma artista nascida na baixada fluminense e criada no ambiente multicultural da internet. É aluna do bacharelado em artes visuais no Instituto de Artes da UERJ. Suas principais mídias são a fotografia e as palavras. Na vida e em sua pesquisa artística, está em busca do silêncio.

Lucas Casemiro
Sirius [para Sema], 2024, Vídeo digital, 1’42”
Sinopse: Um registro caseiro em torno das ideias de dualidade, imaginação e equívocos intencionais da cabeça.
Minibio: Estudante do bacharelado e da licenciatura em Artes Visuais do Instituto de Artes da UERJ, Lucas Casemiro trabalha, majoritariamente, nos campos do vídeo e da materialidade em torno de seus interesses na paisagem, no tempo e num corpo ausente, que se apresenta por ecos ou indícios. Lucas tem desenvolvido práticas relacionadas à falha, à ruína e a dessincronia como modos de deslocar ou capturar forças, grandezas e objetos imateriais, imensuráveis ou inominados.

Poito
Ida [para Clara], 2024
Vídeo digital, 1’19”
Sinopse: Um “vídeo desenho” que explora a ambiguidade de frases que são comumente usadas como motivacionais, mas que também carregam consigo uma conotação que leva a culpa, ansiedade e a crise existencial.
Minibio: Meu nome é Poito, sou graduanda em Artes Visuais bacharelado na UERJ e minha pesquisa envolve majoritariamente o campo do audiovisual como a arte sonora, a videoarte e o cinema, mas também trabalho com ilustração e a projeção de luz e sombra. Com meus trabalhos busco externalizar e comunicar questões intrapessoais que me rodeiam. Já expus no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Tropigalpão, na Galeria da Passagem e na Galeria Gustavo Schnoor, ambas na UERJ.

Sema
Um vocabulário [para Clara], 2024
Vídeo digital, 1’03”
Sinopse: O trabalho consiste em um conjunto de palavras e expressões que evocam imagens de sedução e desejo.
Minibio: Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pelo PPGArtes UERJ, possui bacharelado em Artes Visuais pela mesma instituição. Pesquisa práticas curatoriais que promovam o protagonismo da população LGBTQIA+ e estratégias de sobrevivência de jovens artistas. Já participou de exposições na Galeria Anita Schwartz, no Paço Imperial, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, na Casa França-Brasil, dentre outros.

Vitória Porto
Vigília [para Sema], 2024
Vídeo digital, 2’37”
Sinopse: Eram quase cinco horas da manhã quando acordei.
Minibio: Vitória Porto (Angra dos Reis, 2000) possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense e atualmente é mestranda no PPGArtes UERJ. Seus trabalhos exploram os limites entre a imagem e a escrita, se desenvolvendo principalmente na fotografia, instalação, vídeo e desenho. O arquivo tem sido seu principal material de pesquisa, onde as experimentações com a montagem investigam o ruído, a paisagem e o sonho.

Yaminaah Abayomi
É, eu menti [para Sema], 2024
Vídeo digital, 2’37”
Sinopse: Esse vídeo só tem uma foto.
Minibio: Yaminaah Abayomi mora e trabalha no Rio de Janeiro, onde se graduou em Comunicação Social, com Habilitação em Audiovisual, pela ECo – UFRJ. Artista multimídia, ela desenvolve pesquisa sobre a relação entre formas circulares e o tempo no curso de mestrado do PPGARTES – UERJ. Em sua trajetória, destacam-se os seus fenascistoscópios e também as pinturas, instalações e animações que compõem a série Guiança.

Artistas: Ana Alvarenga, Clara Mayall, Cyber Irene, Francisco Bragança, Letícia Dutra, Lucas Casemiro, Poito, Sema, Vitória Porto e Yaminaah Abayomi
Curadoria: Analu Cunha





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