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GDF inicia reforma da Sala Martins Pena do Teatro Nacional

Por Lúcio Flávio

“É história na veia! Estamos hoje dando o pontapé inicial da reforma do Teatro Nacional e só vamos parar quando acabar. O Teatro Nacional é um patrimônio histórico não só de Brasília, mas da humanidade”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

É um dia para entrar na história do Distrito Federal. Foi assinada na manhã desta terça-feira (20) a ordem de serviço que marca o início da reforma de um dos espaços culturais mais emblemáticos da cidade fechado há mais de oito anos: o Teatro Nacional Cláudio Santoro.

A reforma começará pela Sala Martins Pena, onde o Governo do Distrito Federal (GDF) vai investir R$ 55 milhões. Depois será reformada a Sala Villa Lobos. As obras da primeira etapa devem durar pelo menos 18 meses.

Comemoração de gestores do GDF e da vice-governadora eleita Celina Leão, nesta terça-feira (20), na assinatura da ordem de serviço para o início da reforma do Teatro Nacional | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

O início da reforma do Teatro Nacional marca o encerramento de um ciclo de quatro anos de grandes obras executadas pelo Governo Ibaneis Rocha, que nesse período deu prioridade à melhoria e modernização do sistema viário do DF. Mas, desde o início de 2019, reativar o teatro passou a ser um dos maiores desafios do governador Ibaneis. Por isso, o início da reforma é considerado pela equipe de governo como o presente de Natal que os brasilienses aguardavam há quase uma década.

Emoção e euforia

Operários instalam tapumes ao redor do Teatro Nacional para as obras de reforma

A cerimônia de assinatura da ordem de serviço, que aconteceu no estacionamento, acabou se transformando numa festa de emoção e euforia, com direto a música e balões.

O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, se emocionou. “É história na veia! Estamos hoje dando o pontapé inicial da reforma do Teatro Nacional e só vamos parar quando acabar”, afirmou o secretário. “O Teatro Nacional é um patrimônio histórico não só de Brasília, mas da humanidade, é um ícone da cultura e representa muito não só para a capital”.

Emocionados também estavam outras autoridades que participaram da solenidade, entre elas, o vice-governador Paco Britto, a vice-governadora diplomada Celina Leão, o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Leandro, e o secretário de Governo, José Humberto.

“Se tiver um exemplo de resiliência, esse é o caso. É um momento histórico para Brasília”, resumiu o secretário de Governo, José Humberto. “Brasília é uma cidade que está sendo toda renovada e, sobretudo, esses equipamentos, que são patrimônios da humanidade, que já não nos pertence mais, são de todos nós”, enfatizou.

O maestro Claudio Cohen celebrou o início das obras. “Estamos muito ansiosos para o momento em que estaremos no local para inaugurar a sala.”

O vice-governador Paco Britto destacou que o Teatro Nacional é um dos espaços culturais mais importante do país. “É um local que já foi palco de tantos espetáculos memoráveis e agora vai voltar com tudo, mais moderno, mais seguro e com mais acessibilidade para o povo”, assegurou. “Investir em cultura é investir em crescimento econômico, o que significa mais emprego e mais tributos para o DF”.

Fernando Leite, presidente da Novacap, empresa que elaborou o edital e que vai acompanhar as obras, lembrou que em 2014, quando o teatro foi fechado, o Corpo de Bombeiros fez mais de 130 exigências para que o espaço pudesse ser reaberto. Com a reforma, essas exigências serão sanadas, segundo Leite. “Não será uma simples manutenção”, explicou. “É uma obra ampla de modernização completa do espaço, com projetos bem definidos de acessibilidade, segurança, combate a incêndio e conforto”.

O maestro Cláudio Cohen, que dirige a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, também não escondeu a emoção: “Estamos muito felizes com o início das obras”, declarou. “’E o fruto de todo um processo que culminou num ato histórico. Estamos muito ansiosos para o momento em que estaremos no local para inaugurar a sala”.

As melhorias que serão feitas

A obra será executada pela empresa construtora goiana Porto Belo Engenharia, que venceu a licitação com a menor proposta, no valor de R$ 49,7 milhões, abaixo dos R$ 55 milhões que o GDF destinou para a reforma da Sala Martins Pena. A empresa deu início aos trabalhos colocando tapumes ao redor do teatro. A partir do dia 2 de janeiro de 2023, cerca de 100 operários da empresa já estarão trabalhando efetivamente no local.

As obras incluem os seguintes serviços: reforma das instalações prediais, sobretudo elétrica e climatização; recuperação estrutural; restauração de pisos e revestimentos acústico, esquadrias e de imobiliários, além de atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos, respeitando os requisitos de acessibilidade.

 

 

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