Por Kleber Karpov
O Teatro Nacional Cláudio Santoro recebe, nesta semana, o Festival Estudantil de Teatro Amador (Festa). O projeto é realizado pelo Grupo Nada, com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), e reúne mais de 265 estudantes. A iniciativa visa valorizar talentos de escolas públicas e particulares, oferecendo programação gratuita e promovendo um intercâmbio de saberes.
O festival busca dar visibilidade às produções estudantis, que frequentemente ficam restritas ao ambiente escolar, além de proporcionar aos participantes um contato mais amplo com a prática teatral. Os ingressos para a programação gratuita estão disponíveis em plataforma digital parceira, sendo necessária a verificação da classificação indicativa de cada espetáculo.
Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, o festival representa a relação entre educação e cultura. “São jovens que descobrem seu talento, professores que inspiram e uma cidade que valoriza sua arte. Ver o Teatro Nacional ocupado por esses estudantes é ver o futuro da nossa cena cultural nascer com força e emoção”, afirmou Abrantes.
A produtora cultural do Grupo Nada, Luanna Rocha, destacou o objetivo de integração do evento.
“Unimos estudantes de ponta a ponta do DF nessa troca de conhecimentos e vivências no teatro. Muito mais do que uma competição, o Festa vem quebrar as barreiras socioeconômicas para colocar os alunos como protagonistas da arte brasiliense, ultrapassando os muros da escola”, comentou Luanna Rocha.
Espetáculos em Destaque
Com a temática “Temos nosso próprio tempo”, os espetáculos levam ao espaço cultural enredos autorais e adaptações clássicas. Os trabalhos são resultado de oficinas conduzidas pelos professores e diretores participantes. Nesta edição, mais de 265 estudantes sobem ao palco em performances com encenação, luzes, som e dramaturgia.
Encerrando a primeira semana de apresentações, alunos do Colégio Carmen Sallés apresentaram o espetáculo Aquarela Nordestina. A peça, inspirada em clássicos de Molière, traz uma releitura da mulher nordestina como símbolo de resistência em uma sociedade patriarcal.
Também se destacaram as montagens Manual Antirracista, da Escola Parque Anísio Teixeira, vencedora da edição anterior, e Quando o amor estrelar, do Teatro dos Ventos. Completam a lista Os filhos delas, do Centro de Ensino Médio Elefante Branco; Linha de corte, do CEM 804 do Recanto das Emas; e Espelho, espelho meu, você realmente seria eu?, do CED 06 de Ceilândia.
Noite de Premiações
A celebração de encerramento do Festa está marcada para a próxima quarta-feira, 22 de outubro, às 20h, no Teatro Nacional. O festival premiará espetáculos e artistas em 16 categorias, incluindo Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Dramaturgia Original.
O anúncio dos vencedores será baseado na avaliação de um júri qualificado, que acompanhará todas as apresentações. O Festa conta com recursos de emenda parlamentar do deputado Ricardo Vale, em parceria com o Instituto Saber Amar (ISA).